Resenha “Tudo e todas as coisas”

Por Oliver Fábio
Melhor que “A culpa das estrelas” de John Green. 
Do que o amor é capaz? Uma mãe protetora e uma filha com muitos sonhos e desejos vão despertar. Uma luz será acesa e tudo ficará visível e agora para onde elas devem olhar? A filha vai ter que se reinventar e a mãe se superar. “Tudo e todas as coisas” é um livro sobre liberdade, independência, laços familiares, medos, colapsos, bloqueios e sentimentos não trabalhados. É o romance de estreia de Nicola Yoon.

Madeline Whittier não é uma garota comum, ela sofre da “doença da criança bolha”, Imunodeficiência Combinada Grave e tem alergia a tudo imaginável, e vive em uma fortaleza contra qualquer germe.

Maddy apesar de viver uma vida muito limitada é feliz do seu jeito, porém logo um vizinho vai chegar e mudar todo esse cenário de calmaria e fazê-la despertar para coisas que não conhecia. O seu mundo é sua casa e seu quarto, leva uma vida sem muitas emoções, onde as coisas normais de qualquer adolescente: a carteira de motorista provisória, o primeiro beijo, o baile de formatura... são impossíveis para Madeline viver. Seus passatempos são: ler, navegar na internet e jogar à noite com a mãe. Porém

Maddy está completando 18 anos, ao lado da sua fiel companheira, mãe e médica pessoal. Ao soprar a vela do bolo ela faz um pedido mágico, um sonho que espera que seja logo realizado. 

O destino parece que resolveu ser bonzinho com Maddy e no dia seguinte um caminhão de mudanças estaciona na casa vazia da frente. Ela teria novos vizinhos e um colírio para os olhos. Olly ou Oliver, alto, esguio, branco levemente bronzeado da cor de mel e todo vestido de preto, seria o dono dos seus sonhos. O garoto de olhos azuis como o oceano faz umas manobras de parkour na fachada da nova casa e logo seus olhos encontram os de Madeline e prontamente um sorriso se forma no rosto e no coração de cada um.



Os vizinhos lentamente vão alterando a rotina de Maddy, que passa boa parte do seu tempo os observando. Mas nem tudo são flores, os novos vizinhos numa tentativa de se apresentarem, fazem um bolo Bundt para Maddy e sua mãe, que gentilmente recusou o objeto de socialização, pois a filha jamais poderia comer do tal bolo, que mais tarde foi motivo de discussão, que Madeline presenciou da sua janela. E logo Olly que foi a visitar levando o bolo começou a lhe evitar. Aquele jovem chegou despertando o mundo lá fora que Maddy não conhecia e isso causou-lhe uma certa tristeza, e nesses momentos Carla, sua enfermeira a 15 anos, sempre tinha palavras reconfortantes.

O bolo da discórdia logo virou objeto de encenação. O bolo Bundt tentou suicídio pulando da janela de Olly, dois dias depois reapareceu cheio de band-aids e todo dia uma nova representação era exibida na janela do vizinho e foi um pulo para começarem a trocar e-mails e iniciar a guinada na vida de Maddy.

Madeline raramente recebia visitas, pois o processo pelo qual o candidato teria que passar era bem doloroso: precisava ter os registros médicos checados, passar por um exame físico, sem falar na descontaminação: um banho de ar soprado em alta velocidade por uma hora e isso reduzia drasticamente o número de visitantes àquela casa.

ELE

- Autoestima alta;
- Levemente convencido;
- Audacioso;
- Galanteador.

ELA 
- Consciente;
- Não se faz de vítima;
- Bem resolvida.

A felicidade da liberdade pode ser um pesadelo. Será se viver algo bom por pouco tempo e sentir saudades é martírio? Será se acomodar-se é a melhor escolha? 
Será se Maddy vai conseguir realizar o desejo que fez ao apagar a vela do bolo? Descubra isso e todas as reviravoltas da vida de Madeleine em “Tudo e todas as coisas”. 
A história é clássica, mas nos rende ótimos momentos de leitura. É uma leitura leve e fluída. O livro é dividido em minicapítulos. Tem muitas ilustrações, tabelas, páginas de agenda, e-mails... e isso faz com que a leitura seja bem agradável e rápida.


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